Sou médica, empresária e agora estudante de gastronomia. Adoro viajar e experimentar novos sabores. Decidi dividir minhas experiencias - boas e ruins - com todos vocês.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Nosso roteiro gastronomico em Santiago (fomos em novembro de 2009) foi extrememente satisfatório - por isto vou dividir com vocês. A lembrança que tenho é que TODAS as refeições foram memoráveis, fossem elas baseadas em frutos do mar ou carnes. Quem gosta de frutos do mar (vieiras enormes, ostras, carangueijos gigantes, mariscos tão variados que só vendo pra entender (aqui não tem a maioria deles)... vai se sentir no paraíso!


Pra começar - O sanduiche típico de Santiago é o Barros Luco, que leva filé fatiado fininho e queijo derretido, e comi duas vezes – no restaurante em baixo do Hotel (enorme, muito bom) e numa lanchonete de rua, super simples, perto do Museu Militar, também ótimo.


Fomos também:


Gatopardo - José Victorino Lastarria, N° 192 Santiago Centro
Metro Universidad Catolica
http://restaurantgatopardo.cl
Pedimos Machas a La Parmesana

e Ceviche de Ostiones (vieiras) de entrada, que como em todos os lugares são ótimas. 



Os pedidos foram Ossobuco (derretia, fabuloso), Risotto Negro de Calamar , e Tortellini de Jaiba (siri) com salsa de camarones– este prato foi a sensação do almoço, unanimidade, creio que um dos melhores pratos que já provei – o recheio é farto e saborosíssimo, e a combinação com o molho de camarão enriquece a experiência. 




De sobremesa, algo chamado Tres Leches, que é uma espécie de torta molhadíssima com creme branco, leite condensado e outras delicias, vale a pena guardar um pedacinho no estomago para ela. Conta – R$95,00 para 3 pessoas sem o vinho.


La Hacienda – Av Vicuna Mackena, 35 – Metrô Baquedano
A especialidade são carnes na parrila, incluindo o famoso corte Wagyu. Pedimos um assado de tira (nossa costela), o Lomo de Wagyu (filé de boi massageado, acupunturado, lavado, lambido e sei lá mais o que fazem pra ficar macio assim!), Chuletas de Cerdo (porco), acompanhados de batatas fritas, champignones salteados, e pra completar uma outra sessão de Tres Leches e uma sobremesa de Peras ao Vinho tinto. Sinceramente? O Tres Leches do Gatorpardo é inenarravelmente melhor, eu não pediria aqui de novo. O restante foi muito bom, mas nada de extraordinário, boa carne, bem feita, servida no ponto certo. Inclusive o famoso Wagyu, que pelo que sei é tão macio que chega a ser de consistência diferente – não acredito que foi isto que comemos! Pela minha experiência, era apenas um filé maturado, muito bem feito, mas um filé normal. Minhas dúvidas se baseiam também nos preços – muito barato para um corte tão caro – R$40,00 o filé de 300g!!! E a carne deste gado é naturalmente marmorizada, o que não se via no nosso prato. Tudo bem, eu não tinha muitas esperanças mesmo por este preço – em SP, o Wagyu brasileiro, que não chega aos pés do original, custa R$95,00 o filé de 100g, e no Japão o original custa até U$900,00 o Kg.


Como Água para Chocolate - Calle Constitución, 88, Bellavista

Inspirado no filme de mesmo nome, se diz um restaurante afrodisíaco. Porém, embora o serviço, a comida e o ambiente sejam ótimos, a variedade é pouca – basicamente uma mescla de comida mexicana com peruana, tipo burritos, fajitas, só que com peixes, camarões e mariscos ao invés de carnes e linguiças. Não combina tanto assim, mas vale a experiência. Comemos fajitas enormes (sobrou horrores) e um talharim com molho de camarões, e de entradas os onipresentes Ostiones e Ceviche de peixe.


Patagonia - José Victorino Lastarria 96, Santiago
Especializado em parrilla de carnes de caça – você terá oportunidade de experimentar parrila de javali, cervo (veado), chivito (cabrito), cordeiro, coelho e outras carnes, além dos miúdos e embutidos em geral. E frutos do mar, claro, como esta entrada de camarões, lulas e vieira na chapa.

Não pedimos a parrilla, pedimos dois pratos – Cervo com cebolas confitadas e torre de abobrinhas com queijo de cabra




(FANTÁSTICO – ALÉM DAS PALAVRAS), e cordeiro com polenta também excelente. Sem dúvida as melhores carnes que comemos neste viagem, no ponto perfeito, super macias, acompanhamentos de sabor surpreendente, e mais uma vez num preço justo – cada prato em torno de 20 reais.


Azul Profundo (Calle Constitución, 111) no bairro de Bellavista
Comemos dois pratos que valem outra visita – um filé de congrio com creme de espinafre e uma espécie de sopa de peixes e mariscos de dar água na boca – rica, saborosa, encorpada.



Santeria - Chucre Manzur 01 – Providencia
Aproveitamos para cair de boca nos ceviches - ceviche de camarão, peixe e polvo, cada um com um tempero e molho diferente.



Isto é um trio servido de entrada, acabamos ficando só nelas. Pedimos também um duo de tartar (salmão e filé)

mais um carpaccio de avestruz e uma outra que agora não me recordo, mas todas estavam excelentes.


Mercado Central – um ótimo lugar para sua introdução à gastronomia de Santiago, já que muitos dos mariscos servidos pela cidade são endêmicos da costa do Chile e desconhecidos por aqui. Você deve aproveitar para circular entre as bancas e ver a cara de cada um deles, para se ambientar. Depois, escolha um dos restaurantes pequenos, fora da área central do mercado (que é mais bonita, mais cara, comida média, só pra turistas mesmo). Qualquer dos restaurantes pequenos nos corredores laterais vai te atender super bem, e você poderá comer os mesmos mariscos e peixes e mais bem servidos. Nós ficamos no Tio Willy, foi excelente. Fomos atendidos pelo Carlos, que se apresenta como Alói (segundo ele, nome artístico - uma figura - o garçom é quase melhor que o almoço!). Lá provamos machas a parmesana, ostiones a pil pil, navajuelas a pil pil, centolla (aquele caranguejo super dimensionado), locos com molho de coentro, e foi tudo excelente. As navajuelas nem estavam no cardápio, mas como eu as tinha visto numa banca ao lado, pedi ao garçom – ele pegou na banca e trouxe para o cozinheiro preparar para nós. Pura boa vontade dele, mas eles são assim mesmo – muito gentis em tudo.
Aí estão:
Ostiones (vieiras) a pil pil

Locos

 Navajuelas


e o Alói destroçando uma centolla
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